Iniciativa deve ampliar em 400% a vida útil dos pneus dos forwarders.


“Com 3S, acabamos ampliando o escopo e iniciamos o projeto na Suzano, contemplando o preenchimento de toda frota de forwarders em operação, tendo como objetivo principal o ganho de produtividade em larga escala.”

Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, e a Gripmaster, uma das maiores empresas especialistas em pneus e soluções sustentáveis para máquinas fora de estrada, desenvolveram um projeto pioneiro no setor florestal de aplicação de elastômero em pneus utilizados nos forwarders, nome dado aos tratores utilizados na colheita do eucalipto. A inovação deve resultar em um aumento de 400% na vida útil dos itens, reduzindo o número de resíduos e fomentando as práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) a partir da economia circular.

Com o emprego da solução tecnológica, a vida útil do pneu, que tinha duração de 3 mil horas, em média, aumenta para 15 mil horas, o que representa um ganho significativo de produtividade. Além disso, a iniciativa pode evitar a geração de 73 toneladas de resíduos no primeiro ciclo de 18 meses. Outro aspecto importante da parceria é o incentivo ao descarte correto dos pneus, de modo que, após a utilização total, o material retorna para o fornecedor para que o elastômero seja retirado, reciclado e reaplicado em outra peça. A carcaça é triturada e reciclada.

“Diante da crescente necessidade ambiental de promover um melhor aproveitamento das matérias-primas, o projeto se mostrou essencial para que possamos alcançar um dos nossos objetivos na frente ESG, de reduzir em 70% os resíduos sólidos industriais enviados para aterros até 2030”, afirma Viviane Danemberg, gerente executiva de Suprimentos da Suzano.

O trabalho do forwarder é realizado em um terreno com pontas e tocos, motivo pelo qual, durante o período de deslocamento dentro da área florestal, os pneus convencionais utilizados sofrem rasgos que não podem ser reparados. Com a aplicação do elastômero, material altamente elástico, os pneus podem apresentar deformações sem que haja uma ruptura. Isso porque o elastômero é aplicado no local do ar, resultando em uma peça mais resistente e duradora.

“A parceria foi solidificada após testes que comprovaram a eficiência da tecnologia que permitirá diminuir drasticamente as perdas de pneus por rasgos e, consequentemente, estender sua vida útil significativamente. Trata-se de uma iniciativa que, além de promover a redução de custo, também contribui com a preservação do meio ambiente”, salienta Paulo Mancinelli, gerente executivo de Excelência Operacional Florestal da Suzano.

De acordo com Leandro Veiga, diretor comercial da Gripmaster, este projeto iniciou através de uma parceria com a Ponsse, uma das principais fabricantes de máquinas florestais do mundo, que foi a primeira a homologar a solução de preenchimento dos pneus no país. “Acabamos ampliando o escopo e iniciamos o projeto na Suzano, contemplando o preenchimento de toda frota de forwarders em operação, tendo como objetivo principal o ganho de produtividade em larga escala. Para este projeto, houve um acompanhamento contínuo de performance por parte do nosso time de engenheiros, a fim de tornar a operação sustentavelmente mais limpa, através do descarte correto das carcaças dos pneus, e com menor custo, devido ao aumento da vida útil dos pneus. Construir parceiras de longo prazo com transparência e eficiência, sobretudo, que viabilize crescimento sustentável para nossos clientes, sociedade e meio ambiente é o propósito da Gripmaster”.

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Andrade Gutierrez anuncia Gripmaster como selecionada para programa de inovação aberta.


Criada em 2018 por Dmitry Gordienko, a norte-americana (a única estrangeira da lista) desenvolveu um sensor ultrassônico para monitoramento da resistência à compressão do concreto, a fim de tornar o processo mais preciso e rápido que o método tradicional. Já a Beezer é uma plataforma brasileira para gerenciamento de frotas que permite que os colaboradores acessem o sistema de transporte oferecido para se deslocarem de suas casas até os locais de trabalho.

Direto de Curitiba está a Exy, que busca aumentar a produtividade através do uso de exoesqueletos industriais que diminuem o esforço do usuário em até 40%, além de reduzir o afastamento no canteiro de obras por Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho.

Além delas, tem a GRIPMASTER, que criou uma tecnologia a base de polímero que substitui o ar em pneus, aumentando a durabilidade dos mesmos e a segurança e produtividade dos veículos, e a brasileira PW Tech, que desenvolveu um euipamento modular purificador de água de alta vazão e baixo custo, capaz de tornar águas não potáveis e até contaminadas em próprias para o consumo humano.

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Por que sem sustentabilidade e compromisso ambiental, empresas não vão conseguir sobreviver?

Construir um mundo sustentável e, ao mesmo tempo, alavancar bons resultados financeiros são caminhos inseparáveis para empresas que buscam sucesso nos tempos atuais. Ao cuidarem do meio ambiente, terem responsabilidade social e implementarem as melhores práticas de governança, as corporações atendem às exigências contidas nos padrões ESG, adotadas por gestores de investimento, empresas e consultorias no Brasil e no exterior.

A sigla ESG (em inglês Environmental, Social and Governance, que significa em português, numa tradução livre, seria: Ambiental, Social e Governança, o que atualmente são itens usados como parâmetros para medir as práticas ambientais, sociais e de governança corporativa de uma empresa. Ela pode ser empregada para dizer quanto uma empresa está empenhada em minimizar impactos no meio ambiente, construir um mundo mais justo e responsável às pessoas do seu entorno e implementar processos competentes de administração.

Desde sua origem, o termo ESG tem chamado a atenção de investidores para os aspectos que devem ser considerados em um investimento sustentável. Por isso, sempre esteve conectado à decisão de alocação de capital e atualmente tornou-se prioridade para empresas de todos os setores e em todo o sistema financeiro.


Como implementar a ESG na empresa?

Para quem ainda não se adequou às práticas de gestão ESG na empresa, é importante cumprir algumas etapas. A primeira delas é a redução de custos e mitigação de multas, como orienta Rafael Avila, sócio fundador da LUZ e colaborador do portal Sustentabilidade Agora. “Por exemplo, ao se preocupar em implementar uma gestão ESG um dos resultados esperados é economia de energia, de uso de água e de outros fatores que geram uma redução de custos para o seu negócio”, recomenda.

Um segundo estágio da implementação de práticas sustentáveis é o acesso a novos consumidores. A preocupação com o meio ambiente tem aumentado, e negócios que não seguem essa tendência vão acabar ficando para trás, perderão clientes preocupados com sua sustentabilidade e no longo prazo, vão acabar tendo que se adequar.

Nelmara Arbex, sócia de ESG da KPMG no Brasil, também destaca alguns pontos ideais para serem adotados pelas organizações interessadas, como entender o nível de maturidade ESG e definir uma estratégia de implantação, para traçar o melhor caminho de avanço nessa jornada. “Com as diretrizes gerais definidas, se evolui para o planejamento das mudanças e preparo nas áreas. Após a implementação, é necessário adotar métricas de acompanhamento dos resultados e organizar as informações conforme padrões estabelecidos internacionalmente”, explica.


Padrões de excelência

Construindo uma cultura cada vez mais social e sustentável, a Gripmaster está seriamente comprometida com a implementação do ESG em sua organização, contando com o auxílio de uma renomada consultoria no tema, a marca tem se preocupado com todo ciclo de vida do pneu, desde a plantação de seringueiras até o descarte dos pneus em desuso e reciclagem em parceria com ONG’s. Em parceria, com a UFSCar, por exemplo, a empresa vem fazendo a manutenção de mudas de arvore já plantadas, que atualmente ultrapassam 4 metros de altura. Em breve, será iniciado um projeto sustentável de clones de mudas de seringueiras, a partir das mudas plantadas.

Além disso, em novembro de 2020 a Gripmaster ultrapassou a marca superior a 11 mil toneladas de pneus inservíveis destinados a soluções sustentáveis.

Todavia, atuar em frentes como governança, ações sociais, auditorias fiscais, enfim, todas as frentes que englobam o ESG, está longe de ser um mérito e sim é um dever de todas as empresas atualmente, seja qual for seu segmento ou setor. 


As vendas do setor de máquinas utilizadas em obras de construção e mineração seguem de vento em popa, chegando ao final de 2021 com bons motivos para comemorar. Mesmo num período marcado por incertezas econômicas, os fabricantes estão computando 49,3 mil equipamentos vendidos, um salto de 44% ante as 34,1 mil comercializadas no ano anterior.

Os dados foram divulgados no mês de novembro, pelo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).

De acordo com o estudo, essa é a quarta alta seguida nas vendas de máquinas e a quantidade está muito próxima do melhor ano vivenciado pelo setor antes da crise, em 2013, ocasião em que somente da linha amarela foram comercializadas mais de 33,4 mil unidades. Os dados mostram uma curva ascendente de recuperação desse setor, que tem o potencial de ampliação, com as concessões de infraestrutura, o marco legal do saneamento, o crescimento do agronegócio e da mineração, e a continuidade das obras residenciais, comerciais e industriais.


Vendas da Linha Amarela

No segmento de máquinas da Linha Amarela, a previsão é que em 2021 sejam vendidas 31,2 unidades, avanço de 39% sobre as 22,4 comercializadas em 2020. A estimativa é que sejam fornecidas 7.170 retroescavadeiras, 7.500 pás carregadeiras, 9.500 escavadeiras hidráulicas e 1.920 motoniveladoras. Isso significa percentuais de crescimento de 38%, 19%, 36% e 45% em relação a 2020, respectivamente para cada um destes modelos de máquinas.

A comercialização de caminhões rodoviários utilizados em obras de construção também registrou um crescimento significativo, da ordem de 41%, com a previsão de 13.262 unidades vendidas.


Demais equipamentos

A categoria Demais Equipamentos, que engloba guindastes, compressores portáteis, manipuladores telescópicos, plataformas aéreas e equipamentos para concreto, segue o bom momento vivenciado pelo setor. O relatório da Sobratema estima uma expansão de 147% em 2021, puxado principalmente pela recuperação das vendas de guindastes (3650%) e de plataformas de trabalho aéreo.

No que se refere às plataformas, a previsão de crescimento é ainda mais surpreendente, gira em torno de 428% com 1.701 unidades vendidas, ante as 322 plataformas fornecidas em 2020.

A área de equipamentos para concreto acompanhou a elevação das vendas do setor de cimentos, o que repercutiu em um aumento da comercialização dessas máquinas, como os caminhões betoneira (79%).


Perspectiva para 2022

Para o próximo ano, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção estima um novo crescimento nas vendas, da ordem de 12% no segmento de máquinas da linha amarela e 15% para todo o setor de equipamentos para construção.

Uma das tendências apontadas pela pesquisa é que o mercado demande por máquinas econômicas e que as pressões regulatórias para redução de emissões pressione cada vez mais os fabricantes a optarem por máquinas elétricas e híbridas, em detrimento aos tradicionais hidráulicos e mecânicos.

estudo de mercado foi divulgado durante o 16º Tendências no Mercado da Construção, que contou com patrocínio Ouro da Gripmaster junto a algumas empresas de renome envolvidas com o ramo. O evento retrata a importância econômica do setor, auxilia na formulação das políticas que facilitam a aquisição de equipamentos modernos e eficientes.

A falta de pneus, peças e componentes de reposição de máquinas é um grave problema enfrentado atualmente por construtoras, mineradoras; terminais portuários; indústrias; produtores de papel e celulose; empreiteiras; locadoras de equipamentos e afins.

Tudo começou porque, nos primeiros meses de pandemia, os fabricantes desses itens interromperam as atividades em razão do cenário duvidoso que estava por vir. Mas as atividades de construção, mineração, agrícola e logística tiveram um crescimento significativo, demandando vendas por parte da indústria, o que provocou gargalos na entrega.

A escassez da borracha, essencial para a produção de pneus e outros itens utilizados na fabricação de equipamentos, como tapetes, tubos e materiais isolantes, é um dos principais entraves. Os suprimentos mundiais desse insumo estão se reduzindo drasticamente, em decorrência do crescimento repentino da demanda mundial, do aumento dos estoques na China e de uma doença que atacou as árvores que produzem a matéria-prima natural da borracha.

Para se ter ideia, o setor de implementos rodoviários vai precisar de 400 mil pneus até o final de 2021 e estima que serão necessários 800 mil em 2022. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Outro fator complicador são os preços de insumos como o aço e do transporte. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), houve um aumento médio de 105% no frete aéreo e de 339% no frete marítimo, na comparação entre os meses de janeiro de 2020 e de 2021. O abastecimento de insumos também tem sido prejudicado pela logística marítima, devido à escassez de contêineres para transporte de materiais devido ao elevado comércio de insumos eletrônicos entre os continentes e ao aumento do dólar nos últimos meses.

Devido a esse problema, em particular, a Volvo tem usado transporte por frete aéreo a partir da Europa, para enviar componentes e atender a outros mercados”, informa Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo. Ele diz que a previsão de crescimento das vendas de caminhões da empresa em 2021 é de 40%, que só não será mais alto devido aos impactos na cadeia de abastecimento.


Planejamento é essencial


Em meio a esse cenário difícil, empresas comprometidas com a disponibilidade de produtos para seus clientes foram as que saíram na frente nessa pandemia. É preciso estabelecer um planejamento adequado e se antecipar aos acontecimentos, por isso a Gripmaster, especializada no mercado OTR, conseguiu sair na frente suprindo as necessidades desse mercado, uma vez que já possui em seu DNA agilidade e disponibilidade de produtos e de atendimento, ela planejou seus estoques para atender aos clientes de máquinas e equipamentos com eficiência, sem interrupções nem demoras. Durante o ano de 2021, a empresa cresceu cerca de 40% em sua base de clientes atendidos.

Isso significa que uma gestão eficiente de estoque, tanto por parte do fornecedor como dos clientes, resulta em disponibilidade das máquinas necessárias à operação, é importante que seja realizado um controle rígido de estoque e gestão dos pneus aplicados, verificar por quanto tempo atenderá a operação, identificando os itens prioritários e planejando com antecedência suas necessidades, sem deixar nada para a última hora.

Normalmente, a falta de peças críticas pode resultar em uma perda significativa na produção, ainda que em paradas curtas. Em geral são itens de alto custo, baixo volume e de lead time longo. Não precisam necessariamente estar à mão, mas precisam estar prontamente disponíveis. Portanto, não deixe de se programar e conte com especialistas que podem te ajudar com a gestão de sua frota para uma operação mais ágil e produtiva.

Imagine a possibilidade de se torna gamer de equipamentos no mundo real, nas áreas de mineração e construção. Esse é um prazer vivido hoje por operadores que controlam as máquinas de forma remota, sem ficar vulneráveis a acidentes em locais de risco.

Os equipamentos não tripulados, conhecidos como autônomos ou semiautônomos, podem trabalhar em áreas críticas e tarefas altamente insalubres, mantendo os mesmos níveis de desempenho e produtividade que as frotas convencionais.

Nessa modalidade, as pessoas não ficam embarcadas na máquina, trabalham de uma estação de controle de operações. “Na operação remota, os equipamentos podem ser controlados a distâncias muito superiores a mil metros, dependendo da região e dos obstáculos, alcance que pode ser expandido com repetidores”, informa Alberto Ivan Zakidalski, CEO do Grupo AIZ.

Se houver necessidade de resgate, o procedimento também deve ser feito remotamente, descartando-se a possibilidade de enviar técnicos para o local. Por isso, é necessária tecnologia aprimorada adaptada a diferentes modelos de máquinas, além de equipes preparadas para controlar os equipamentos à distância. “Qualquer equipamento hidrostático ou com caixa automática pode ser rádio controlado e se tornar semiautônomo. A tendência a partir de agora é retirar gradualmente o ser humano de dentro das máquinas, em operações insalubres”, destaca Alberto.


Terrenos difíceis


Os pneus OTR também requerem especial atenção, já que as equipes de manutenção sequer podem se deslocar até o local de operação para a troca de pneus. Nesse aspecto, tecnologias que evitam furos e rasgos nos pneumáticos são essenciais, como a solução 3S da Gripmaster. Com ela, os pneus são totalmente preenchidos com uma solução de polímeros, que oferecem proteção contra furos, paradas bruscas, viabiliza operações em solos totalmente imprevisíveis, objetos cortantes e se mantêm em condições para operar em terrenos extremos.

No setor de construção, os equipamentos não tripulados são recomendados para áreas de risco, pontos de deslizamento, desabamento, descargas elétricas, entre outras, enquanto na mineração são ideais para trabalhar em barragens, operações underground, movimentação de material e descaracterização.

No ano de 2020, a Construtora Barbosa Mello (CBM) implantou um centro de operações remotas para fazer a gestão da frota e todo o controle de operação e desempenho das máquinas, sem a necessidade de presença física no local da operação. De acordo com Bruno Amaral Ribeiro, gerente de inovação e suprimentos da CBM, todos os dados dos equipamentos retroalimentam o sistema de gestão da CBM.

“A frota é de característica semiautônoma e cada máquina é controlada por um operador à distância via controle remoto. Foi feita automação tanto dos equipamentos de linha amarela como dos rodoviários”, explica Bruno, ressaltando que, para essa implementação se tornar realidade, foi necessário o uso de novas tecnologias digitais adequadas aos níveis de produtividade e execução do trabalho. “Hoje, a frota da CBM está 8% mais produtiva, teve redução de 84% de perda de tecnologia e queda de 30% de perdas mecânicas”, arremata Bruno.

Já ouviu falar de plantas do futuro? Essa é a proposta das plantas clonadas no mini jardim clonal virtual. 


A ideia surge como alternativa diante de um cenário onde se tem o compromisso de recuperar vastas extensões de áreas florestais degradadas. 

Já é bastante conhecida a importância dos plantios de espécies nativas para recuperar áreas desmatadas e auxiliar na preservação de mananciais, do solo, do clima, da flora e fauna. Mas a necessidade é tanta que no futuro precisaremos de muitas sementes, mudas e pessoas para ajudar.

Assim se faz necessário que novas técnicas surjam nesta corrida, para acelerar e facilitar o estabelecimento destes novos ambientes. Uma dessas técnicas aparece para sanar o desafio de cultivar plantas com dificuldade de produção via semente ou que possuam algum tipo de limitação na produção de suas mudas. Surgem assim as plantas do futuro, com a técnica de produção de mudas clonais em minijardim clonal virtual. 

A técnica consiste na utilização de mudas originadas de sementes, que após germinar em tubetes sustentáveis e se estabelecerem como mudas saudáveis vão para um ambiente controlado para iniciar a clonagem de seus indivíduos. Essas mudas são as mães das futuras árvores clonadas e são chamadas de cepas. 

Para a clonagem corta-se o ápice da cepa, de preferência com um ou dois pares de folhas cortadas ao meio, para que a nova muda-filha concentre sua energia em sobreviver longe da planta mãe, enraíze e gaste menos energia com a fotossíntese.

As mudas clonadas vão para um ambiente com temperatura e umidade controlada. Esse local funciona como uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde são monitoradas constantemente para se adaptar e evitar contaminação por doenças. 

Enquanto isso, as plantas mãe, ou seja, as cepas, também recebem o melhor cuidado, com controle do ambiente e nutrientes necessários para estarem prontas para crescer e formar novos ramos que vão dar origem a novas plantas clonadas. 

Ainda se tem um grande caminho para percorrer e aprimorar as técnicas de clonagem, mas os minijardins clonais se mostraram promissores para a formação de novas plantas, principalmente para a recuperação ambiental do futuro.

A mão-de-obra dos operadores continuará essencial, só que à distância, numa estação de controle operacional, onde será possível executar com precisão os comandos.


Frota autônoma: o sonho de retirar o operador de dentro do equipamento, colocando-o para realizar operações remotas e sem expô-lo a operações de risco, virou realidade. E dentro de alguns meses devem ser cada vez mais comuns na linha amarela, obras de construção civil, rodoviária e terraplenagem. Presentes na mineração e em alguns setores agrícolas, os equipamentos autônomos e semiautônomos trazem consigo uma histórica quebra de paradigmas, eliminando a necessidade de presença humana em situações onde a pessoa não é decisiva para extrair o máximo de eficiência. 

Mas, engana-se quem pensa que essa tecnologia vai dispensar a necessidade de operadores para trabalhar. A mão-de-obra continuará essencial, só que à distância, numa estação de controle de operações. E essa é tendencia do mercado.

O projeto surgiu em função de uma demanda de segurança, já que a execução de um serviço de engenharia em área de risco impossibilita a presença humana em campo. Na operação autônoma, a interface homem x máquina é praticamente nula. A partir de uma estação de controle de operações, foram desenvolvidos protocolos específicos de comunicação entre operadores e motoristas para organizar a interação entre os equipamentos na frente de serviço, mitigando riscos de acidentes. 

Tudo isso foi combinado a recursos tecnológicos como sensores de presença e de proximidade que evitam colisões entre máquinas ou demais obstáculos do ambiente e uma visão 360° a partir de câmeras instaladas nos equipamentos e na área de operação. O sistema de equipamentos não tripulados é composto por um Centro de Controle de Operações Remotas para o gerenciamento do projeto e gestão de segurança em tempo real, a partir de uma série de câmeras outdoor conectadas à internet. 

Também conta com unidades de comando, nas quais é feita a operação veículos pesados à distância de até 1 quilômetro; sistema de automação de máquinas, dos serviços de terraplanagem a partir de sensores IoT e engenharia virtual; drone com alta precisão e infraestrutura de TI com sistemas de redundância e backup das imagens geradas nas frentes de obra, além da implantação de uma rede de alta conectividade.

Em função da complexidade, a construtora formou um time multidisciplinar para conduzir o projeto, combinando o conhecimento técnico dos mais experientes, com a vontade e a energia dos jovens profissionais. “A gestão da mudança teve papel fundamental para garantir o mapeamento dos impactos e fomentar uma nova mentalidade de abertura para novas formas de pensar e fazer. No pilar de ‘Engenharia de Gente’, a definição de padrões comportamentais e técnicos para funções até então inexistentes, como operador de equipamento não tripulado, e o redesenho de outras para que fossem adequadas ao novo cenário, como engenheiro de manutenção para equipamentos não tripulados”.

Nesse sentido, também foram redefinidos processos e padrões de trabalho de Engenharia, Manutenção de equipamentos, Segurança, TI, Gestão do Conhecimento e Performance. A execução dos primeiros testes em campo com trator de esteira e carregadeira, simulando a situação real de obra, aconteceu em setembro do mesmo ano. Em dezembro, todo o conjunto dos equipamentos não tripulados já estava desenvolvido, em fase de testes de campo e de capacitação das equipes. Devido à complexidade da entrega, o desenvolvimento foi realizado em ondas e de maneira incremental, seguindo os princípios ágeis da nova cultura da empresa.


PRODUTIVIDADE


Nesse quesito, em campo, o operador geralmente trabalha em uma unidade de comando com toda a atividade monitorada por câmeras instaladas em locais estratégicos do equipamento e no próprio local de operação. Dessa maneira, tem o mesmo campo de visão da cabine, além de uma cobertura em 360° do ambiente de operação.

Para garantir a segurança operacional, vários dispositivos foram instalados nos equipamentos, impondo limites de velocidade, rotação, profundidade de escavação, entre outros fatores. “Com relação à produtividade, assim como ocorre em equipamentos tripulados, a capacitação do operador é relevante no controle dos equipamentos semiautônomos. Por isso, a construtora estruturou uma ‘escola’ de formação para qualificar a mão de obra técnica e operacional, permitindo uma evolução contínua para que possamos atingir níveis de produtividade compatíveis com a operação autônoma”, assinalam especialistas da área.

Com relação a consumo, não identificou-se redução ou aumento significativo na operação com os equipamentos autônomos, quando comparados aos convencionais. Entretanto, averigua que a tendência é obter uma redução, tendo em vista às limitações de RPM, bem como outros fatores operacionais, como o funcionamento das máquinas sem que o ar condicionado esteja ligado, condição possível já que o operador trabalha a partir de uma unidade de comando com ambiente devidamente climatizado e ergonomicamente adequado para sua jornada.

Devido à quantidade de componentes de eletrônica embarcada, a equipe precisou elaborar um novo plano de manutenção, bem como de resgate em caso do equipamento apresentar defeito em área crítica, onde a presença humana não é autorizada. Reduzi-se a periodicidade das preventivas e cria-se novos parâmetros de verificação para manutenção e operação. 


TECNOLOGIA


Apesar do setor de construção estar posicionado entre os menos digitalizados do mundo, tecnologias como drones, sistemas de automação de máquinas, redes de alta conectividade e operação de equipamentos por controle remoto já vinham sendo adotadas por uma ou outra organização. 

No atual cenário, o uso de equipamentos não tripulados atende condições e demandas específicas do mercado, evitando a presença de profissionais em um ambiente de elevado risco à vida. À medida que novos fabricantes desenvolverem tecnologias adequadas à operação semiautônoma, os custos tendem a baixar. 

Na área de mineração, a Caterpillar está obtendo resultados significativos no uso e desenvolvimento de equipamentos autônomos.  Neste semestre, a fabricante atingiu a quantidade de 2,20 bilhões de toneladas transportadas usando o caminhão Cat® MineStar ™ Command para o sistema de transporte. A empresa conseguiu dobrar a quantidade transportada em 16 meses, desde que atingiu 1 bilhão de toneladas transportadas em novembro de 2018.

O gerente de produto da MineStar Solutions, Sean McGinnis, observa que desde o lançamento comercial do Command for transporting em 2013, a Caterpillar continuou a melhorar a velocidade da implementação. “Estamos lançando o Command em mais sites e implementando-o mais rapidamente, para que mais de nossos clientes possam experimentar os ganhos de segurança e produtividade que o transporte autônomo proporciona”, disse McGinnis.

De acordo com ele, um dos motivos pelos quais a Caterpillar teve sucesso na expansão dessa linha e fornecer resultados é a parceria estabelecida junto aos clientes. Eles identificam recursos, funcionalidades e até os modelos de caminhões autônomos de que precisam para suas operações. Nos últimos seis anos, a MineStar Solutions também ampliou experiência em operações autônomas com tratores autônomos, brocas e carregadeiras subterrâneas. 

“As habilidades e conhecimentos de nossa equipe MineStar são referência mundial”, destaca John Deselem, gerente de operações de autonomia global. “Além de melhorar a implementação do sistema, a Caterpillar se tornou consultora para as minas que buscam extrair todo proveito do que a autonomia torna possível. Ouvimos as necessidades e trabalhamos juntos para criar a solução ideal para as suas minas”, descreve.


NEGÓCIOS


Até o momento, a Caterpillar possui 276 caminhões autônomos em operação e o impulso para a mineração autônoma não mostra sinais de desaceleração. Existem projetos em andamento com grandes empresas de mineração, seja para expandir operações atuais de transporte autônomo ou implementar novos projetos.

No ano passado, três operações de mineração anunciaram planos para instalar novas frotas de caminhões autônomos da Cat. A Rio Tinto assinou um acordo com a fabricante em 2019 para fornecer e apoiar máquinas de mineração, automação e sistemas de tecnologia empresarial para a nova mina de minério de ferro Koodaideri, na Austrália Ocidental. Pelo contrato, a Rio Tinto e a Caterpillar trabalharão juntas na criação de uma operação automatizada de minas que faça o melhor uso da análise e integração de dados para aumentar a segurança, otimizar a produção, aumentar a utilização das máquinas de mineração e reduzir os custos. A frota inicial de caminhões será de 20 caminhões Cat 793F autônomos.

Mais recentemente, a Teck Resources assinou um contrato para a entrega de caminhões Cat 794 CA equipados para operação autônoma na mina de cobre Quebrada Blanca Fase 2 no norte do Chile. Além disso, a Anglo American contratou a entrega de caminhões Cat 794 CA equipados para operação autônoma na nova mina de cobre Quellaveco no Peru.

Recentemente, a Caterpillar desenvolveu o primeiro sistema de tratores de esteiras semiautônomos para mineração. O sistema aproveita as funções automatizadas incorporadas aos grandes equipamentos da marca e às tecnologias de controle remoto, que fazem parte do Comando Cat MineStar. Atualmente, 25 tratores Cat D11T estão trabalhando de forma semiautônoma em quatro locais de clientes na Austrália e nos Estados Unidos.

Os equipamentos operam autonomamente a grande maioria do tempo em aplicações de empurrar e espalhar material. A produtividade é igual à alcançada por operadores qualificados, no entanto, um operador localizado remotamente gerencia três ou quatro tratores. Com o uso do posicionamento do satélite via Cat Terrain com controle de lâmina, assistência automática de lâmina e transporte automático, o trator utiliza os melhores recursos. Ao operar de forma autônoma, otimiza a velocidade de ré.

Com o operador/ controlador trabalhando em uma estação confortável e remota no local ou distante da mina, e com menos operadores necessários, a exposição humana a riscos de saúde e segurança é reduzida, além de o operador ficar menos fadigado. Outro benefício da operação remota é a necessidade reduzida de interrupção para troca de turno, pausas e refeições.


NOVA ÁREA


A Volvo também está empenhada no desenvolvimento da tecnologia autônoma. O Grupo anunciou este ano a criação de uma área de negócios para o fortalecimento de soluções em transporte autônomo. Conhecida como Volvo Autonomous Solutions, ela vai acelerar o desenvolvimento, a comercialização e as vendas nesse segmento, ofertando novas soluções em setores como mineração, portos e transporte entre centros de logística. 

As soluções baseadas em tecnologias de direção autônoma e conectividade são adequadas para aplicações onde existe uma necessidade de movimentar grandes volumes de bens e materiais em rotas pré-definidas, seguindo fluxos repetitivos. Nestas situações, os veículos e máquinas autônomas podem gerar valor para clientes ao contribuir para mais flexibilidade, precisão de entrega e produtividade.

A fabricante já demonstrou uma série de tecnologias diferentes em transporte autônomo. No projeto Electric Site, a manipulação de material em uma mina a céu aberto foi automatizada e eletrificada e o resultado foi um ambiente de trabalho mais seguro e uma redução de quase 40% no custo de operadores, além de um decréscimo de 98% em emissões de dióxido de carbono. 

 

Na mina de Brønnøy Kalk, na Noruega, caminhões Volvo FH autônomos estão transportando calcário em um percurso de cinco quilômetros. Outra iniciativa pioneira é um veículo autônomo conectado e elétrico – o VERA, que fará parte de uma solução integrada para transportar bens de um centro de logística para um terminal portuário em Gotemburgo, na Suécia. 

No Brasil, sete caminhões Volvo VM Autônomos operam na colheita de cana de açúcar, reduzindo perdas por pisoteio de mudas, problema responsável por prejuízos que giram em torno de 12% da produção anual de cana-de-açúcar. Segundo a Volvo, o caminhão elimina 4% dessa perda.

Boris Sánchez, gerente regional de suporte a vendas da Volvo Construction Equipment Latin America, explica que essa nova área da empresa está ancorada em três pilares e propósitos: fornecer máquinas inteligentes, com tecnologias que serão realmente utilizadas em aproveitadas, onde seja possível retirar o operador de dentro do equipamento e deixá-lo em condições mais seguras para o controle da operação; eletromobilidade; e soluções para assegurar que a operação seja mais eficiente, segura e produtiva, com interconectividade.

“Com base nisso, os equipamentos tendem a apresentar um aumento de eficiência dez vezes maior em relação aos equipamentos convencionais”, prevê Sánchez. De acordo com ele, a empresa planeja avanços significativos para essa área, em parceria com universidades, especialistas no assunto e de acordo com os feedbacks apresentados pelo mercado.

Essa área terá centros tecnológicos montados em diferentes lugares do mundo onde a Volvo está presente, para que os especialistas possam acompanhar e dar suporte imediato a situações não previstas. “Um dos critérios é que as operações sejam próximas dessas áreas, para efeitos de testes, ensaios e acompanhamentos. Isso limita que esses testes sejam feitos no Brasil, embora quando houver equipamentos pilotos para campo, serão disponibilizados para uso”, informa Sánchez.


CULTURA


Boris Sánchez entende que os critérios e características do mercado brasileiro e da operação pesam na decisão de se trazer um equipamento piloto para testes no Brasil. “Depende muito das regulamentações, fomento e do interesse do cliente. O local também precisa oferecer condições e infraestrutura para esses equipamentos trabalharem”, analisa. Segundo ele, um cliente procurou a Volvo para testar um projeto de máquina autônoma, que acabou não sendo viabilizado devido a impeditivos de marco regulatório.

Sob a ótica de quem usa máquina, a viabilidade da operação dos equipamentos autônomos no Brasil ainda terá obstáculos pela frente. Carlos Magno, da Barbosa Mello Construtora, acredita que essa mudança não acontecerá da noite para o dia. “Entre os desafios a serem superados, destacam-se fatores como cultura, desenvolvimento, capacitação da mão de obra, custo e aplicabilidade da solução. A expansão do uso dos equipamentos não tripulados deve ocorrer em ‘ondas’ impulsionadas pela demanda de diferentes setores, como mineração, obras de infraestrutura, construção civil etc”, diz.

De acordo com ele, ainda é cedo para se comparar se um equipamento autônomo é mais assertivo que um convencional. É necessário avaliar o modelo adequado para cada situação. Contudo, cabe destacar diferenciais da automação que podem agregar efeitos positivos, como máquinas com projeto 3D embarcado e a parametrização de determinadas variáveis, como profundidade de corte e escavação, limitações de velocidade, grau de compactação, entre outros.

“A operação de equipamentos não tripulados ainda nos proporciona desafios. Por exemplo, com o distanciamento entre o operador e a máquina, algumas situações que até então eram perceptíveis pelo contato direto com o equipamento, como perda de potência, vazamentos e folgas excessivas, por exemplo, devem ser identificadas via check list pré-operacional ou por sistemas de telemetria. A operação remota pode influenciar, ainda, no tempo para identificação das condições de falhas intermitentes em algum sistema”, explica Carlos Magno.

Para ele, a aplicação do novo modelo operacional permitirá uma avaliação de eventuais impactos desse afastamento continuado sobre os níveis de cuidado e conservação do equipamento. Por fim, os equipamentos autônomos não devem substituir os “não autônomos” num médio prazo. Existem diversas barreiras a serem superadas, como investimentos relacionados ao desenvolvimento, barreiras culturais, necessidade de capacitação, legislação pertinente, divulgação na aplicação do produto, entre outras. “Apesar da velocidade das mudanças imposta pela tecnologia, superar esses obstáculos não é algo simples”, arremata Magno.

Escrito por Santelmo Camilo. Fonte: Matéria revista M&T